sexta-feira, 29 de julho de 2011

Medo

Esse medo não me ensina nada, nem me anula, nem me destrói... É um medo consciente, um medo que procura consolo entre meus devaneios, minhas loucuras vãs, minhas utopias fundamentadas em razões que a própria razão desconhece, não por ignorância... Esse medo é uma espécie de coragem, se eu não sentisse isso, não teria coragem de perdê-lo... É uma espécie de peraí moça, não vá com tanta pressa assim, a não ser que a direção esteja certa, a não ser que não tenha ninguém na frente, não passe por cima dessas pontes, olha as flores da estrada (sempre fiz isso, olhar as flores e desenhar nas nuvens!). Vai com calma! A pressa é inimiga das sensações, mas a calma é um pouco de perda de tempo...

Um comentário:

Wilson Vaccari disse...

Ótimo "flagrante" de como nossos sentimentos básicos são feitos de contradições. Quanto a mim, tenho medos que há muito desisti de compreender e hoje simplesmente os aceito como partes naturais de mim. O mais difícil é abandonar o princípio de que nos enfiaram na cabeça de que nunca devemos temer e sempre devemos ser coerentes, sendo que "ser coerente" significa "simplesmente" que devemos agir sob regras que não são nossas.