segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O circo


Depois de tantos anos lá estava eu, tia Elenice e tia Solange na platéia de um circo (sei lá se pode se chamar de circo também!). Enfim, eu estava esperando aquela mesma magia da infância lá em Brumado, aqueles palhaços fazendo palhaçadas (aqui não há redundância), usando aqueles sapatos coloridos e enormes, o nariz, o famoso nariz de palhaço, hoje tão usado por nós brasileiros!

O circo de hoje, pelo menos esses que rodam por cidades do interior, principalmente no Nordeste, não é mais aquele. O que vi da magia verdadeira do circo foi pouca coisa: alguns equilibristas, trapezistas... O que mais me impressionou foi o nível dos diálogos dos "palhaços", um grande apelo sexual, caricaturas de homossexuais ( o que é sinônimo de preconceito), umas garotas quase sem roupa rebolando e dublando aquelas músicas qualquer nota, aquelas cuja qualidade é tão boa que as cantoras têm que cantar quase nuas e rebolando 'até o chão' ( e que isso não seja encarado como preconceito musical!).

A magia do circo foi corrompida pela mídia, pelos modismos atuais! Ou será que a magia do circo foi corrompida por nós? Sim, já que nós é que ouvimos essas músicas em alto e bom som com nossos carros (quem mora em cidade pequena sabe disso). Nós é que compramos esses modismos!

Eu vou continuar com aquela imagem da infância, os palhaços de nariz vermelho, macacão colorido, ar de ingenuidade, sapato grande e respeito à magia do circo!




sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

"A vida deve ser regida por duas cláusulas. A primeira diz assim: Todo ser humano tem o direito de fazer o que tiver vontade. E a segunda: Ninguém é obrigado a obedecer à cláusula anterior."
[Pedro Juan Gutiérrez]

O futuro

Terça-feira, das 06:30 às 08:30 fiquei esperando a entrevista da Pós. Eu, os funcionários da universidade e 2 cachorros (pra que melhor!). O sono era terrível, fazia frio, mas eu queria sentir frio... Engraçado chegar no corredor e ver quem também está esperando pela bendita hora da bendita entrevista. Gente estudando igual condenado, gente com medo, etc. Eu nem queria saber de estudar mais, até porque o sono não me permitia qualquer manifestação do tipo.
Eu fui a primeira e acho que é bom ser a primeira. Bom porque eu certamente serei lembrada como a primeira a ser entrevistada e isso já é algo proveitoso. 3 professores, eu, meu projeto na mão (na minha e na deles), perguntas, respostas, críticas, elogios, sim, não, um futuro entre as palavras e situações de 3 cidadãos bem informados, sortudos, diga-se de passagem, já que estamos no Brasil (o país do futuro!). O futuro é o meu e nessas horas ele não me pertencia. Eu não era agente de quase nada. Eu estava intrínseca às respostas, aos gestos, ao silêncio que descorda ou confirma.
Agora o futuro volta a ser meu e o bom é que os frutos dele vão poder ser divididos!
É isso, se for pra dar certo, assim será!
:)