quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Pituxa

Segunda foi um dia nervoso!
A gente (os leigos) nunca sabe o que fazer quando alguém passa mal perto da gente, se estamos sozinhos a coisa complica. Segunda, essa coisinha fofa de quatro patas e um olhar de criança querendo colo, cujo nome é Pituxa, teve um ataque de epilepsia. Uma mistura de vou te ajudar com o medo de você morrer, foi isso que senti na hora. Nem que eu conviva com isso a vida toda iria me acostumar. Aquele ser que late, morde, às vezes de mentira e às vezes de verdade, que abana o rabo de alegria, que lambe sua cara se você não estiver atento! Não dá pra não ficar preocupada. Ah, mas é só um cachorro! Eis aí a notória validade da preocupação: Cachorro é tudo de bom!
Tomara que ela não me dê mais sustos assim!

Ansiedade e etc.

Esses dias têm sido de muita ansiedade, dor de barriga, medos repentinos e sem noção... Ansiedade é um negócio doido, começa e a gente nem se dá conta, quando vê os sintomas já estão presentes. Embora a gente possa controlar, meditar, ler, ouvir, música, fazer qualquer coisa pra distrair, ainda é difícil explicar o começo e fim dessas sensações. Mente sã, corpo são!
Só falta a última etapa da seleção (mestrado uesc), a entrevista. Bendita entrevista, o que tu realmente queres de mim? Nunca fiz uma entrevista desse tipo, bater papo com a nata da sociedade acadêmica. Já passei pelas 3 etapas e agora vem a pior! rs!
Ah, essa mobilidade social tão almejada, tão difícil. Dizem os estudiosos da mobilidade social, aqueles PhD mesmo ( os baixa renda, como yo), que para crescer na vida é só estudar! Depois que você sair com seu canudo mão, o caminho ainda é árduo, a peneira do mercado de trabalho é fina, você tem que rebolar pra passar. Já estou me acostumando com essa loucura, afinal eu escolhi o caminho (lembrei da frase que Géo me disse: estudante descansa carregando pedra).
Enfim, estou ansiosa, tenho medo e isso faz parte. Não sou só um dado na economia, uma representante per capita de alguma coisa, sou humana e isso é tão complexo como entender as façanhas do capitalismo ( ele está querendo se tornar sustentável, e pode conseguir. Não vou - mais uma vez-entrar no mérito maniqueísta de mocinhos - nós (eu, você, a galera do fundão) e bandidos- (o capitalismo)).
Só não vale deixar que o medo aliene, tome conta de tudo, deixe o nada, roube as ilusões. O mais doce da vida são os sonhos (sonhar acordado pra ver o sol nascer!). Por mais que a sociedade queira um título, como se você sempre tiver que se apresentar como a identificação de um artigo... Mesmo que a crise espalhe o medo, não temos que temer! Sempre haverá grana extra pra salvar um banco, uma megaempresa, só não vai sobrar pra salvar os mortais "força de trabalho". E daí?
(Eu tenho uma mania de escrever tudo meio implícito- eu escrevo pra dentro demais)
O que importa é que a ansiedade que me trouxe até aqui tem relação com essa paulera da sociedade capitalista moderna - o algo mais. É isso que eu tô buscando... Mais além de tudo isso, é o que eu quero pra mim, são meus planos, meus sonhos, minha vida. Por mais que o sistema faça parte disso, minha vontade é maior, é o principal. É isso que importa!