sábado, 6 de agosto de 2011

Caminhos

Continuo agindo certo; desenhando meus caminhos, moldando o meu destino através dos dias que passam rápido quando podiam durar mais um tempo, mais horas, ou naqueles dias que insistem em não passar. Enfim, continuo agindo certo, sem ao menos saber o que é a certeza. O nascer do sol é uma certeza, mas o resto é tão volátil... Meu agir torna-se certo na medida em que vivo, sem me atropelar; na medida em que desvendo utopias e crio verdades universais. A vida é uma verdade universal. Dê-me, então, lápis e borracha pra desenhar os caminhos, ou, barro e água pra moldar o destino.

2 comentários:

Wilson Vaccari disse...

Gott mio, tô tããão desconfiado de mim, de você, das palavras, do mundo e da vida. Penso numa palavra pra escrever e shshshhshsshh, vira nada. É uma imensa, colossal, imperscrutável desilusão. Moleque, achava que as palavras, o mundo, sei lá, alguma coisa um dia faria sentido. Iupi! Nada faz. E agora? Devo me iludir propositalmente, feito um mágico corrupto? Ou devo prosseguir rumo ao nada, sabedor de que foi tudo vão desce o primeiro dia?

Ana Paula Novais Pires disse...

Mas, temos o apesar de, já dizia Lispector. Apesar de tudo, todos, do nada, do quase... Não desconfie, ou desconfie... A crença é também um apesar de.
Apesar de tudo os caminhos precisam ser trilhados, certos, errados...