quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Filosofias de um dia chuvoso

Não sei se vocês já perceberam, mas em dias chuvosos parece que todo mundo fica de mal humor. Até aqui, em pleno sertão nordestino, onde a chuva é uma benção (olha o determinismo, ou seria o realismo?!). Essa constatação surgiu na sexta-feira lá na cidade de Guanambi, mais conhecida como caldeirão urbano (conhecida por mim que acabei de inventar o título!). Bom, cheguei de táxi em Guanambi numa manhã chuvosa de sexta-feira. Desci numa praça conhecida da cidade e bem movimentada, afinal, tinha marcado com Tia Solange pra me pegar nessa pracinha e era também um local mais familiar pra mim. Desci em frente à loja de móveis... (esqueci o nome da dita!); tive sorte por causa do toldo que podia me proteger da chuva (credo, só adulto que quer se proteger da chuva né?! Mas eu tava carregando papéis importantes na mão. Só por isso não me meti na chuva!). Fiquei embaixo desse toldo uns 20 minutos. Nesse tempo vi tanta gente de cara amarrada, correndo, o trânsito louco. As pessoas passavam como se estivessem indo pra forca... E isso só por causa da chuva! Só um cara passou e demonstrou estar feliz, digo isso porque ele estava numa cantoria só! Singing in the rain!!
As pessoas, principalmente adultas, não sabem agradecer as coisas simples da vida. Vivem no comodismo, algumas mulheres naquela coisa de desmanchar a escova que fez no cabelo! Ah, eu odeio chuva! Quanta tolice, o ser humano, como a gente aprende nos livros de ciências, nasce, cresce, vira adulto, angustiado, cheio de poréns, medos, reclamações, reproduzem, envelhecem; isso sem ao menos ter vivido de verdade, no máximo existido e aí morrem. A chuva caindo, águas que movem moinhos, as mesmas águas que brotam no chão. E a gente reclama! E se tá calor também! E eis aí a qestão: O que a gente tá fazendo da vida da gente? Lave a alma num banho de chuva, quem sabe você descubra a resposta!

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